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Jogos Olímpicos de Paris podem se tornar um foco de epidemias?

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Enquanto parte da França está animada com a chegada dos Jogos Olímpicos de Paris, que começam em 26 de julho, há quem se questione se o evento não pode se tornar um enorme foco de epidemias. Entre o vírus da Covid-19 que ainda circula, os casos de dengue no país e, principalmente, a chegada de milhões de pessoas do mundo todo, alguns especialistas alertam para o risco de desenvolvimento de novos surtos.

A revista L’Express desta semana lembra que com mais de 10 mil atletas, 45 mil voluntários, 25 mil jornalistas e 12 milhões de espectadores aglutinados em apenas duas semanas em Paris e arredores, as autoridades são obrigadas a pensar nas questões sanitárias, que podem estar ligadas a vírus e bactérias, mas também nas ondas de calor ou intoxicações alimentares em massa.

“Historicamente, as grandes aglomerações esportivas foram raramente marcadas por um aumento de doenças transmissíveis”, explica a revista. A reportagem lembra que até em 2016, quando o Brasil acolhia os Jogos Olímpicos em plena epidemia de Zika, nenhum caso foi registado entre os participantes ou visitantes.

No entanto, o cenário global mudou, principalmente após uma série de surtos nos últimos anos, e a pandemia de Covid-19 mostrou que um vírus pode se alastrar mais rápido que o esperado, principalmente quando há aglomerações. Em 2021, durante campeonato europeu de futebol, estudos científicos mostraram que o evento contribuiu para a propagação da variante Delta do Sars-CoV-2.

A imunologista Brigitte Autran, ouvida pela L’Express, usa como exemplo a dengue. Ela explica que os surtos são cada vez mais intensos no mundo todo, e que não se deve descartar o risco de pessoas infectadas desembarcarem na França e se tornarem uma possível fonte de contaminação. “É claro que ninguém está esperando uma epidemia devastadora como a que atingiu o Brasil e a Guiana Francesa recentemente, mas a ameaça cresce a cada ano”, enfatiza a especialista. “E essa ameaça é levada ainda mais a sério quando se sabe que os mosquitos-tigre, que também são vetores desse vírus, já colonizaram quase todo o país e estão particularmente bem estabelecidos na região de Paris”, detalha o texto.

Mas outros especialistas em doenças infecciosas são menos alarmistas. O professor Antoine Flahault, diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Genebra, na Suíça, lembra em entrevista à L'Express que durante a Copa do Mundo de 1998 as autoridades estavam alerta, mas que, no final, o período do evento for marcado por um efeito contrário, com uma queda nas consultas por infecções virais. Os médicos também ressaltam que os Jogos Olímpicos de Paris acontecem durante o verão, temporada menos propícia para o desenvolvimento de doenças respiratórias infecciosas.

Vírus virtuais preocupam muito mais

Diante desse contexto, o que mais parece preocupar os organizadores são outro tipo de vírus: os de computador, aponta a revista. Segundo a reportagem, protocolos especiais foram implementados para combater os possíveis ataques virtuais aos sistemas de informação dos hospitais da capital, um risco “levado muito a sério”, informa a reportagem.

“Um ataque bem-sucedido enquanto Paris estiver no centro das atenções do mundo provavelmente seria tão devastador para a saúde pública e para a imagem da França quanto um foco de apenas alguns casos de doenças infecciosas”, conclui a revista L’Express.

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A revista L’Express desta semana lembra que com mais de 10 mil atletas, 45 mil voluntários, 25 mil jornalistas e 12 milhões de espectadores aglutinados em apenas duas semanas em Paris e arredores, as autoridades são obrigadas a pensar nas questões sanitárias, que podem estar ligadas a vírus e bactérias, mas também nas ondas de calor ou intoxicações alimentares em massa.

“Historicamente, as grandes aglomerações esportivas foram raramente marcadas por um aumento de doenças transmissíveis”, explica a revista. A reportagem lembra que até em 2016, quando o Brasil acolhia os Jogos Olímpicos em plena epidemia de Zika, nenhum caso foi registado entre os participantes ou visitantes.

No entanto, o cenário global mudou, principalmente após uma série de surtos nos últimos anos, e a pandemia de Covid-19 mostrou que um vírus pode se alastrar mais rápido que o esperado, principalmente quando há aglomerações. Em 2021, durante campeonato europeu de futebol, estudos científicos mostraram que o evento contribuiu para a propagação da variante Delta do Sars-CoV-2.

A imunologista Brigitte Autran, ouvida pela L’Express, usa como exemplo a dengue. Ela explica que os surtos são cada vez mais intensos no mundo todo, e que não se deve descartar o risco de pessoas infectadas desembarcarem na França e se tornarem uma possível fonte de contaminação. “É claro que ninguém está esperando uma epidemia devastadora como a que atingiu o Brasil e a Guiana Francesa recentemente, mas a ameaça cresce a cada ano”, enfatiza a especialista. “E essa ameaça é levada ainda mais a sério quando se sabe que os mosquitos-tigre, que também são vetores desse vírus, já colonizaram quase todo o país e estão particularmente bem estabelecidos na região de Paris”, detalha o texto.

Mas outros especialistas em doenças infecciosas são menos alarmistas. O professor Antoine Flahault, diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Genebra, na Suíça, lembra em entrevista à L'Express que durante a Copa do Mundo de 1998 as autoridades estavam alerta, mas que, no final, o período do evento for marcado por um efeito contrário, com uma queda nas consultas por infecções virais. Os médicos também ressaltam que os Jogos Olímpicos de Paris acontecem durante o verão, temporada menos propícia para o desenvolvimento de doenças respiratórias infecciosas.

Vírus virtuais preocupam muito mais

Diante desse contexto, o que mais parece preocupar os organizadores são outro tipo de vírus: os de computador, aponta a revista. Segundo a reportagem, protocolos especiais foram implementados para combater os possíveis ataques virtuais aos sistemas de informação dos hospitais da capital, um risco “levado muito a sério”, informa a reportagem.

“Um ataque bem-sucedido enquanto Paris estiver no centro das atenções do mundo provavelmente seria tão devastador para a saúde pública e para a imagem da França quanto um foco de apenas alguns casos de doenças infecciosas”, conclui a revista L’Express.

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